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domingo, 21 de junho de 2009

Desafio + Objetivo = Sucesso

Desafio + Objetivo = Sucesso - www.samuelbonette.blogspot.com
Tenho uma séria tendência a sempre querer o melhor, em todas as coisas que tenho e faço. Não tenho como verificar se é real, mas tenho a impressão de que todo ser humano tem essa mesma tendência. Isso não é ruim, pois é uma demonstração que o indivíduo tem vontade de melhorar sua vida, e sempre buscar a excelência naquilo que fizer ou possuir. Para o padrão atual de sucesso, isso é sucesso.



Mas, paremos para analisar um pouco essa situação: é totalmente impossível que todos tenham, a todo tempo, o melhor. Se numa corrida, um corredor detiver o melhor tempo, por exemplo, os demais não o terão; se um determinado homem conseguir conquistar a mulher mais bela, os demais não conseguirão o mesmo feito. Podemos chegar próximo a isso graças à Revolução Industrial, que possibilitou que várias pessoas possuam um bem industrializado, com produção de cópias da matriz em larga escala, como por exemplo, um determinado sapato que é feito do melhor couro existente, com o melhor solado e o mais belo design. No entanto, sou levado a crer que, se várias pessoas possuem o melhor, então, ou ele não é o melhor, ou o melhor se tornou comum, vulgar.




Se todas as pessoas se dessem conta disso, provavelmente uma grande parcela da Humanidade entraria em profunda depressão, o que criaria um caos generalizado. É muito dura a perspectiva de viver uma vida toda sem jamais conseguir ser/ter o melhor; vivemos tempo de exaltada competição, onde se engrandece demasiadamente o vencedor, e se denigre os demais participantes; portanto, não se suporta a idéia de ser um eterno "perdedor". Por outro lado, os "vencedores", ou seja, aquela classe de pessoas que detivesse o melhor naquilo que fizesse/tivesse, por conta da natural tendência do ser humano em acostumar-se tanto ao ruim quanto ao bom, provavelmente se enfadaria de ter sempre o melhor, passando a considerá-lo normal.




Por isso, não raras vezes temos em nossas vidas, ao invés do melhor, o pior, para que quando chegarmos ao mediano, consideremos como grande vantagem as condições obtidas. Obviamente, em alcançando o melhor, ficaremos deveras satisfeitos e felizes. O verdadeiro sucesso é alcançar os objetivos a que nos propomos. Talvez eu nunca seja o melhor escritor do mundo, tampouco publique um livro, mas se algumas pessoas lerem esse blog e se sentirem reconfortadas, e com novo ânimo, e nova perspectiva, então estarei alcançando meu objetivo. Muitos se tornaram pessoas insuportáveis (e outras até com doenças mentais) porque lhes foram dadas coisas acima de sua capacidade, e perderam a noção da realidade, tornando-se arrogantes e prepotentes, pensando ser mais do que realmente são.




Não faço apologia ao comodismo, mas hoje fugimos de sofrimentos como um boi foge do matadouro, nos esquecendo que aquilo que realmente valorizamos é justamente o que mais nos custou esforços e sacrifícios. Hoje vivemos em condições muito melhores que nossos antepassados, entrentanto temos muitos mais problemas de ordem social porque não sabemos valorizar o que temos, tornando vazio tudo o que temos.O ar que respiramos, um dos bens mais preciosos para manutenção da vida, é gratuito.




Temos de repensar o nosso conceito de sucesso, e valorizar mais aquilo que temos; sucesso é atingir aqueles objetivos a que nos propomos.




Samuel Bonette

terça-feira, 21 de abril de 2009

É pelo princípio

Princípio Aprendizado Vida Simpsons Burns - www.samuelbonette.blogspot.com
Todos sabem que roubar um chiclete não faria mal a ninguém; o comerciante não ficaria mais pobre, nem o ladino mais rico. No entanto, ensinamos nossas crianças que não se deve roubar nem mesmo um chiclete, por um motivo somente: o princípio. Há um episódio dos Simpsons em que Homer se demite do seu emprego de inspetor da usina nuclear do Sr. Montgomery Burns. Passado algum tempo, pelo fato de sua esposa Marge engravidar, ele volta à usina nuclear para tentar reaver seu antigo emprego. Então, o Sr. Burns o faz ir agachado por um caminho humilhante até sua sala, e o obriga a trabalhar por algum tempo gratuitamente, ao que o Sr. Smithers se opõe, objetando que ele só estava voltando devido às suas dificuldades financeiras. Então o Sr. Burns diz a célebre frase: É pelo princípio.




Sim, essa causa primária, por vezes relegada a um papel secundário em nossos tempos, é o que deve nos nortear em nossas escolhas. Nossas escolhas são baseadas em princípios, embora por diversas vezes usamos princípios múltiplos - e por vezes contradizentes - para fazermos nossas escolhas. Frequentemente somos incoerentes, por não pensarmos nas implicações daquilo que adotamos como princípio. Não raras vezes eu vejo pessoas defenderem duas idéias totalmente contrárias em um pequeno espaço de tempo, devido à não consideração das implicações dos princípios utilizados para defenderem suas idéias; se uma pessoa defende a não-violência do direito à vida, por exemplo, ela deve defender esse direito para todas as pessoas, inclusive para aquelas que violam esse direito. Se a pessoa julga como errado roubar um milhão de reais, deve ser contra o roubo de um centavo, também. Se é contra a discriminação, não deve defender cotas para negros. Se não perdoa, não merece ser perdoada, e assim por diante.




Mas não gostamos disso; gostamos de condenar fortemente aqueles erros maiores, e, nos menores, fazemos vista grossa. Ou então, confundimos tudo e agimos incoerentemente, sendo ora relativistas, ora moralistas, ora utilitaristas, ora fundamentalistas. Parece ser mais fácil e conveniente dançar conforme a música, fazer aquilo que a opinião pública determina, ou aquilo que a mídia exalta. E a mídia é boa nisso: transformar o certo em ridículo, e o errado em fashion; uma emissora de TV, por exemplo, tem um jornal em que mostra as desgraças causadas por uma estrutura familiar fraca, e critica esse comportamento, mas antes e após esse mesmo jornal tem programações em que mostram filhos se rebelando contra pais, maridos traindo suas esposas, casais que fazem sexo livremente, etc. Mas qual é o posicionamento dessa emissora, afinal? É o posicionamento de dançar conforme a música, ao qual estamos aderindo, mesmo sem perceber.




Para ser coerente, é necessário adotar um princípio, e agir sempre dentro dele, seguindo suas consequências até o fim. Um belo princípio é esse: amar o teu próximo como a ti mesmo. Esse princípio foi proferido por Jesus, e Ele é o maior exemplo de comportamento coerente que já houve nesse mundo. Em tudo, Ele agiu segundo o seu princípio, inclusive quando corrigiu aqueles que amava, pois quem ama corrige, e um dos predicados do amor é a justiça, sendo que para ser justo, é necessário agir dentro de um mesmo princípio. Um bom princípio levará a um bom fim, da mesma forma que um mau princípio levará a um mau fim, ainda que talvez a longo prazo. Não é difícil ser coerente; por vezes, é doloroso, mas em momento algum é difícil. Agindo coerentemente, seremos respeitados; incoerentemente, seremos ridicularizados; amorosamente, seremos amados.




Samuel Bonette

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Auto-descobrimento

Auto descobrimento amor relacionamentos vida - www.samuelbonette.blogspot.com
Como é bom descobrir coisas a respeito de si mesmo. Mesmo quando são dolorosas de se descobrir, mesmo quando o que vemos em nós mesmos é aquilo que jamais quereríamos admitir, é bom. Aliás, talvez seja melhor descobrirmos as coisas ruins, porque temos a chance de reconhecermos o que há de errado, e mudarmos.


Às vezes, percebemos nossos comportamentos nos observando, porém, a maioria das vezes percebemos nossos comportamentos quando somos confrontados por outras pessoas, por outros comportamentos, por outros hábitos. Não há uma forma definida para isso acontecer, simplesmente acontece.

Uma vez, um amigo meu me abraçou, sem motivo algum; eu fiquei meio sem saber o que fazer, e o indaguei: O que é isso? - ao que ele respondeu: Afeto, não conheces? Nesse momento eu percebi que não sou muito de demonstrar afeto, por mais que goste de uma pessoa. Frio? Talvez. Mas para entendermos como somos, é também importante entender o tempo em que vivemos. 



Vivemos num tempo dominado pelo utilitarismo e pelo darwinismo como pressupostos básicos. O primeiro nos diz que tudo o que fizermos deverá ser regrado pela pergunta: É útil? Se for útil, então usa-se até o último pingo, até o momento em que não é mais útil, e então, será descartado. Isso impera desde os recursos naturais até os relacionamentos interpessoais, e com familiares. Já o segundo pressupõe que tudo veio do acaso; se tudo veio do acaso, então, não temos que nos preocupar com nada nem ninguém, pois não somos interligados de forma alguma, e não possuímos direito de escolha, pois tudo é obra do acaso. 



Se tudo é obra do acaso, ser quem somos, ter os pais que temos, e assim por diante, é nada mais que mera obra do acaso. Não temos de ter ligação afetiva com nada, pois tudo acontece por acaso. Não há sentido nem propósito para nada. No entanto, é importante ressaltar que sim, todo ser humano tem um propósito. Todos temos um designer inteligente, que nos "projetou" para sermos exatamente como somos. Quando vemos uma bela pintura de Da Vinci, jamais pensamos que foi obra do acaso; reconhecemos que há um ser inteligente por trás daquela obra. De mesmo forma, quando vemos um ser humano, que em uma única célula do seu corpo possui mais informações do que qualquer computador, podemos, analogamente, saber que isso não foi obra do acaso.

Ainda sobre descobrir algo sobre si mesmo, descobri que, se fui "projetado", o Autor e Executor do "projeto" não vai me deixar desamparado. Como na foto acima, posso confiar que, mesmo sobre um equilíbrio aparentemente frágil, Ele está me guiando e conduzindo para o melhor. Isso vale tanto para mim quanto para ti. Como conseguir isso? Fala para Ele que tu queres que Ele seja Senhor da tua vida, e Ele entrará em contato contigo.
O melhor de Deus ainda está por vir.



Samuel Bonette