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domingo, 24 de abril de 2011

Mudança de quatro estações

Mudança de quatro estações - www.samuelbonette.blogspot.com
Está chegando o inverno. Já começamos a tirar as roupas de frio do armário, surgem as primeiras temperaturas abaixo da casa dos 20 graus Celsius, surge aquela vontade de fazer um fogo numa lareira... até o chimarrão fica com mais gosto nesta época do ano. 


E com o inverno, também vem aquela preguiça natural, aquela vontade de ficar em casa, embaixo das cobertas, ou então abraçados no sofá, olhando TV. Espero que este frio me dê vontade de escrever mais, também. No início do ano me propus a escrever um texto por mês, e estou devendo a mim mesmo (e por tabela, a quem frequenta o espaço) um texto, de fevereiro. 


Engraçado como as estações do ano nos influenciam do decorrer do tempo, nos colocando nesta ou naquela situação; o verão abre o ano, com todas expectativas, muitos planos, normalmente muita festa, dias intermináveis e ensolarados, aquele calor nos impelindo para a praia, piscina, ou mesmo rios e lagos, nos dando a ilusão de que o ano será só de conquistas e felicidades. Já no outono, é como se batesse uma ressaca do verão; as festas já não nos seduzem tanto, pois começam as aulas, o trabalho fica mais intenso, o frio vem descendo, os dias ficam mais curtos. 


O inverno nos enclausura dentro de pesados e grossos casacos, nos fazendo sorver líquidos e alimentos substancialmente quentes e calóricos, empurrando-nos para o aconchego de nosso lar. Quando chega a primavera, com seu aumento de temperatura, suas festivas datas coloridas, pressentimos que o verão está às portas, e isto nos empolga, nos levando a um novo ano, com todas as estações. Olhando assim, até parecemos plantas, regidos pela lei da natureza, estações da lua e variações de temperatura. Seja como for, assim somos, e assim agimos, ano após ano, estação após estação.


Engraçado, pois o assunto sobre o qual eu queria escrever era totalmente outro, mas fui impelido a este. Certas coisas são assim na vida, sem explicação aparente. Talvez se tivesse falado sobre o que queria inicialmente, não chegaria a este ponto ao qual estou chegando agora: A vida é como água parada, mas de repente cai uma pedra nesta água e movimenta tudo ao seu redor, mudando tudo totalmente de lugar. Quando estas coisas acontecem, sabemos quem somos e para onde vamos? E quando esta mudança é a própria morte? Estamos sempre preparados para esta imprevisível visita? Tu estás?


Samuel Bonette

domingo, 3 de abril de 2011

Mar alto da paixão

Mar, paixão, Djavan, persistência - www.samuelbonette.blogspot.com
Morei três anos em Torres, uma cidade litorânea do RS. Adoro o mar. A foto ao lado foi tirada lá. Ela também é capa de fundo do blog. Uma vez estávamos em Torres, e minha mãe comentou como achava lindo e interessante que o mar sempre tivesse onda. Meu pai respondeu: "Ah, mas isso ele não desiste nunca!!" Muito engraçado, especialmente no momento, pela espontaneidade. Mas, é interessante, o fato do mar não desistir nunca. Interessantíssimo, aliás. 

Claro que se pode afirmar que é meramente o vento soprando a água em direção à terra, e no momento em que a profundidade da água tornou-se exígua, a água se choca contra o fundo do oceano; mas isto não é o porque, isto é o como. Afora estes fatos, fato é que sempre há rebentação, portanto, ele não desiste nunca. 


Mas não é só o mar que se comporta assim. Thomas Edison, famoso inventor do que viveu entre 1847 e 1931, inventor com mais de mil invenções, entre elas a lâmpada elétrica, o cinetógrafo - primeira câmera cinematográfica de sucesso - fundador da General Eletric, era assim. Até conseguir criar a lâmpada elétrica, teve muitas tentativas frustradas. Sabe o que disse sobre elas? "Eu não falhei. Encontrei dez mil soluções que não davam certo. 


Grande persistente. Oscar, um dos maiores pontuadores do basquete mundial, de apelido "Mão Santa", sempre ressalta que, para chegar a esta patamar, teve de treinar muito. Reza a lenda que uma vez acertou 90 arremessos seguidos de três pontos, o arremesso de maior dificuldade do basquete. Assim como estes, há diversos exemplos de sucesso pela persistência.


Embora sempre existam dificuldades, para todos, a persistência deve ser maior. A disciplina nos impulsiona para a repetição, que evoca o esforço, que por sua vez traz consigo a habilidade, e este nos leva para o sucesso. Sucesso, como já falei anteriormente, é atingirmos aquilo a que nos propomos. Entretanto, durante todo este processo, é necessário persistência. 

Talvez seja chato acordar oito horas da manhã na segunda feira e ter de ir trabalhar, mas ninguém começa por cima. Se alguém está num lugar superior ao teu, é porque com certeza aquela pessoa fez mais do que tu em algum momento da vida dela. Isto não quer dizer que não podes chegar lá, mas sim que é necessário trilhar o caminho descrito no início deste parágrafo para chegar lá.


Então, sejamos sempre persistentes, sempre esforçados, sempre prontos a tentar mais uma vez, sempre aptos a desprezar o fracasso anterior e mais uma vez, persistentemente, começar a caminhada. Uma hora vai brilhar. Sempre o mar, sempre as ondas... ah, ele não desiste nunca.


Samuel Bonette