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quinta-feira, 28 de março de 2013

Sonhos - É bom este sonho, hein ô...

Sonhos, Paulo Brito, Escolhas, Escritor, Oportunidades - www.samuelbonette.blogspot.com.br

         Sonhei com o Paulo Brito. No meio da noite de ontem, estava eu na minha cama, dormindo, e bem no meio da minha imitação de Paulo Brito, o mesmo surge num Palio vermelho, me vê e começa a rir da minha imitação. Ainda tentei engatar uma conversa, mas o mesmo manteve-se em seu caminho, sorriso nos lábios, misto de desdém e diversão. Paulo Brito despropositado, invade meu sonho, não conversa comigo e tão rápido quanto aparece, some.
Uma vez também sonhei em ser escritor; tinha aproximadamente sete ou oito anos de idade e consumia livros vorazmente. De tanto ler, julguei-me apto a escrever livros; comecei a escrever uma história, mas queria publicá-la por uma grande editora. Enviei então uma carta para a editora do livro que estava lendo naquela época (creio que era a Editora Moderna). Para fechar negócio rápido, dispus-me a negociar posteriormente a minha porcentagem sobre o lucro da vendagem do livro; algum tempo depois, mandaram-me uma carta agradecendo meu interesse mas informando que o quadro de escritores já estava preenchido. Como já fazem uns vinte anos, eles devem estar quase se aposentando e então terei uma chance.
Outro sonho que tive na vida foi ser músico. Aproveitando-me das condições favoráveis pré-existentes (pai cantor e mãe instrumentista), comecei a aprender a tocar violão desde cedo, acho que desde os cinco anos. Ganhei um violão Giannini de cor branco gelo e bordas pretas e fui aprender fazer aulas com o bombeiro Cláudio, que era também um músico de festa juninas, aniversário de crianças e comemorações de escolas nas horas vagas. Infelizmente não soube lidar com a fama repentina e estagnei no aprendizado. Praticamente um Jordy.
Por diversas vezes sonhei com o que faria se ganhasse na Loteria. Em todas as vezes a minha primeira atitude seria sair viajar sem falar nada a ninguém. Não pediria demissão do meu trabalho, não diria aos vizinhos: “Viajarei por uns dias”, não comunicaria nada a ninguém, simplesmente sumiria. Por convicção, entretanto, nunca sequer apostei e também não apostarei; sou convicto de que cada centavo que gastar com isto me fará mais pobre e não mais rico. Como diz a minha sogra: “Eles não botam para perder”. Mas confesso que já sonhei com o que fazer com o dinheiro caso ganhasse.
Aos 12 anos sonhei que aos 18 moraria nos sobrados da Cohab, em Horizontina, teria um Fusca branco e moraria sozinho. Dinheiro para isto não era problema, afinal era um sonho e quando eu tivesse 18 anos as condições necessárias automaticamente surgiriam em minha vida; nada poderia estragar meu sonho. O que atrapalhou foi que quando tinha 13 anos nos mudamos para Torres. Detalhe. Um dia eu volto nos 18 e cumpro o sonho.
Já sonhei em poder adiantar o tempo na minha vida e passar do jardim de infância direto para o terceiro ano do segundo grau, voltar o tempo na minha vida, passando da sétima série para o jardim de infância, mudar o rumo da minha vida... Já tive inúmeros sonhos, e todos eles sempre me levaram adiante, como fazem com todos os seres humanos; o ser humano que perde os sonhos perde também a sua essência e razão de seguir em frente. Ainda tenho tempo para ser escritor, músico ou morar nos sobrados da Cohab, mas, Paulo Brito, por favor, pare de se intrometer nos meus sonhos... o Maurício Saraiva está te chamando ali na esquina.

Samuel Bonette.

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