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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Sobre viver uma vida que valha a pena ser vivida

vida livre plena - www.samuelbonette.blogspot.com.brComo descrever o indescritível? No filme Cidade dos Anjos, o ator Nicholas Cage interpreta um anjo, Seth, que não tem sensações tais como dor, fome, percepção de sabor, etc. Lá pelas tantas, ele pede que sua interlocutora, uma médica vivida por Nicole Kidman, descreva o sabor de uma pera. Ela lhe diz: “bom, é o gosto de... uma pera! Não sabe qual o gosto que tem uma pera?“ Ele responde: “Eu não sei qual o gosto que você tem da pera.”, ao que ela, finalmente, busca descrever: “Doce, suculenta... macia quando se come, granosa como areia doce que se dissolve na boca”.

A descrição não faz o menor sentido para mim, e na história, Seth também não saberia a sensação de nenhuma das coisas que foi usada para descrever a pera. Ambos viviam em mundos diferentes e tinham conhecimentos diferentes a respeito do mundo. Entretanto, apenas Seth tinha interesse em conhecer o outro lado, isto porque ele tinha apenas o conhecimento intelectual, sabia como funcionava, mas não tinha a experiência real, a sensação. A vivência traz situações reais de dor mas também de satisfação, dependendo de como você encara a situação.

Há uma história sobre três pedreiros, interrogados por um viajante que, percorrendo uma estrada, deparou-se com uma obra em início de construção. Três pedreiros, com suas ferramentas, trabalhavam na fundação do que parecia ser um importante projeto. O viajante, aproximou-se curioso. Perguntou ao primeiro deles o que estava fazendo. Estou quebrando pedras, não vê? Respondeu o pedreiro. Expressava no semblante um misto de dor e sofrimento. Eu estou morrendo de trabalhar, isto aqui é um meio de morte, as minhas costas doem, minhas mãos estão esfoladas eu não suporto mais este trabalho, concluiu.

Não satisfeito, o viajante dirigiu-se ao segundo pedreiro e repetiu a pergunta. Estou ganhando a vida, respondeu. Não posso reclamar, pois foi o emprego que consegui. Estou conformado porque levo o pão de cada dia para minha família. Mas o viajante queria saber o que seria aquela construção. Perguntou então ao terceiro pedreiro: O que está você fazendo? Este respondeu: Estou construindo uma Catedral!

Apenas o terceiro estava vivendo por algo que maior do que ele, por algo que ultrapassaria gerações, por algo que faria pessoas do mundo inteiro deslocar-se àquele local apenas para observar o fruto do seu trabalho.

E nós? Como estamos vivendo? Estamos vivendo uma vida que vale a pena viver ou estamos simplesmente nos refestelando em nossos próprios desejos? Possuímos as coisas ou deixamos que as coisas nos possuam? Estamos construindo uma catedral ou apenas aguardando – e às vezes, abreviando – nossa hora de morrer? 

As perguntas são gerais; as respostas, individuais.

Lembro, por último, as palavras do mestre Jesus: Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?


domingo, 3 de setembro de 2017

Meu amor bandido

amor bandido frustração - www.samuelbonette.blogspot.com.brEu não sei das outras pessoas, mas eu tenho um amor bandido: a música. Cara... como eu amo a música, mas é o como no filme Piratas do Caribe, quando o personagem James Norrington diz para Elizabeth Swan: nossos destinos são paralelos, nunca se encontram. Fato é que, de tempos em tempos, eu pego meu violão e começo a executar alguns acordes; após alguns momentos, porém, me ocorrem pensamentos como “minha voz é horrível”, “nossa, como tem gente mais habilidosa que eu”, “meu Deus, porque eu não consigo executar estes solos simples?” e por aí afora. A frustração bate e bate forte, dizendo, de forma irônica: “quem tem dó é violão”.
Aliás, de todos sentimentos, a frustração é para mim, talvez, o mais difícil de lidar. É tão difícil que, há muito, eu procuro não criar expectativas – visando evitar a frustração. Meu amigo André Santos disse que isto pode ser ruim, porque também rouba a celebração das coisas boas da vida. Eu concordo.

As frustrações são sempre muito doloridas, para mim. Cito exemplos: quando não consigo desenvolver um relacionamento da forma que eu gostaria; esforços feitos que não são valorizados; quando há falta de empatia; quando tento estabelecer um diálogo com quem não quer falar; e tantos outros que poderia citar. Talvez a frustração advenha de não conseguir controlar todas as coisas.

Devo admitir que, quando isto acontece, fico amargo, azedo, extremamente insuportável, rancoroso, rixoso, detestável, nem eu me aguento. Lembro-me de um réveillon em que fiz um escândalo, só porque eu queria um colar e, quando cheguei na loja em que ia comprá-lo, a mesma já estava fechada. Bah... fiquei muito frustrado e "descontei", injustamente, em minha então namorada e atual esposa, sendo rude e grosseiro com ela; depois de alguns minutos, me dirigi a outra loja e encontrei o colar desejado, mas já era tarde. Nem toda a satisfação em adquirir o desejado foi capaz de amenizar o climão que eu tinha criado, infelizmente.

“Mas então mude” – você pode estar pensando. É mais difícil do que parece, meu amigo. Claro que, com a maturidade crescente, ao longo, dos anos, aprendi a lidar melhor com isto tudo e hoje em dia tenho estratégias para evitar/mitigar/diminuir os efeitos, mas não posso dizer que deixo de sentir. Aliás, é pior negar os seus sentimentos, acredite. É extremamente saudável reconhecê-los e aprender a lidar com eles.

Eu sei que uma das coisas que ajuda a conter este sentimento é exercitar a gratidão: pensar no que se tem, no que já se conquistou, pensar em situações adversas que já passou e venceu, etc.. Outra coisa é parar de focar tanto em seus problemas e ajudar outras pessoas. O mais efetivo, porém, muito embora não possa ser usado indiscriminadamente ou a qualquer hora, é um bom período de sono. É tiro e queda.

E você? Qual o seu pior sentimento? O que você faz para lidar com ele?

terça-feira, 23 de maio de 2017

Adelar - Quando a história é você

Escritor, crônica, Adelar, histórias - www.samuelbonette.blogspot.com.br
Hoje vou falar sobre o Adelar. 

Adelar é um sujeito baixinho, por volta de 1,65m, tem uma barriga saliente, cabelos castanhos nas laterais da cabeça e, no topo, uma careca bem lustrada. Pelo menos é o que ele diz, quando fala sobre sua careca. Adelar tem uma verruga quase imperceptível no canto do nariz e seus olhos são normais: nem grandes, nem pequenos, nem rasgados nem puxados, nem esbugalhados.

Adelar é um sujeito da capital mas tem um jeitão interiorano: gosta de usar calça e jaqueta jeans, camisa xadrez, sapato mocassim e na cintura, um enorme chaveiro , que avisa que sua chave está no bolso direito; não sei exatamente porque isto aconteceu, onde ele aprendeu a vestir-se assim.

Adelar escreve crônicas. Suas crônicas são publicadas diariamente em um jornal de grande circulação mas nunca com sua assinatura: Adelar vende suas crônicas para um famoso jornalista que apenas e simplesmente insere seu nome e, assim, publica as histórias do Adelar.

Se ele fica triste com isto? Não, ele não é muito pretensioso. Ele se contenta em ganhar dinheiro com isto (não é muito, mas está longe de ser pouco), olhar no jornal e saber que aquilo é seu e, claro, poder manter-se no anonimato.

Ele não fuma nem tem vícios, mas quase todo dia vai até uma lanchonete em frente a um parque perto de seu apartamento - que fica numa região boêmia da cidade, óbvio - pede uma bebida e fica ali sentado, com seu jeitão de homem do interior, com sua agenda de páginas douradas aberta e sua caneta azul em punho.

Adelar observa tudo: o garçom simpático que atende a todos como se fossem velhos conhecidos, o freguês que é um velho conhecido do garçom e fica feliz em revê-lo, dando-lhe um largo e simpático sorriso, o senhor de 50 anos que come à mesa com seu pai de 73 anos, os torcedores que ostentam uniformes de seu time do coração, enfim, nada passa desapercebido aos olhos dele, (apesar de ele ter os olhos normais, seus olhos não são grandes, nem pequenos, nem rasgados nem puxados, nem esbugalhados).

Ele também ouve tudo. Dali ele tira a grande maioria das suas crônicas, ouvindo as histórias de quem passa por ali e rabiscando-as na sua agenda com grandes letras garrafais. Tablet, celular e computador nunca estiveram nos seus planos, muito menos em suas mãos. Ele já perdeu a conta das histórias que contou e tem, na vida, uma única frustração, bem escondida: sua vida nunca foi personagem de uma crônica.

Por razões óbvias, ele nunca cogitou contar a própria história como se fosse a de outra pessoa - ele jamais poderia mentir para si mesmo. Mas hoje, 22/05/2017, Adelar estava na lanchonete, como de costume, e na mesa a sua frente sentaram quatro pessoas - um homem e três mulheres, um grupo bem heterogêneo e interessante. Adelar ouviu, ouviu, ouviu e lá pelas tantas pescou uma história interessante que estará no jornal de amanhã, assinado pelo jornalista que compra suas crônicas.

O que Adelar não sabia é que o homem que estava na mesa da frente era eu e agora sua história está sendo contada, como ele sempre sonhou: uma crônica sobre Adelar.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

03 razões para escrever um livro

Diz o velho ditado que o ser humano, antes de morrer, precisa fazer três coisas: ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Sobre os três, trata-se de ir além do que a sua própria vida poderia alcançar, uma vez que são registros para a posteridade.  Ao gerar um filho, é inegável a alegria, amor e também a responsabilidade que recai sobre os ombros de quem o faz. Ao plantar uma árvore, você contribui para um planeta melhor, seja pela sombra gerada pela árvore, pela oxigenação do ar e até mesmo com a alimentação de pessoas, caso a árvore seja frutífera.

Hoje, porém, quero falar sobre o terceiro item, escrever um livro. Listarei abaixo três razões para você fazê-lo, mas desde já alerto você que, depois de escrever, é necessário publicá-lo.

1. Produção intelectual: se você faz carreira acadêmica, pretende entrar nesta área ou quer fazer concurso, há razões de sobra para você escrever e publicar um livro. Além de somar pontos que o diferenciam dos demais candidatos em muitos concursos, ter publicações melhora seu currículo (Lattes, na área acadêmica), o que abre portas para você lecionar em cursos superiores, tanto de graduação quanto de pós-graduação. Mesmo se o seu foco for o mundo coorporativo, também indica que você se preocupa com a parte técnica/intelectual do seu trabalho, não sendo um mero executor de tarefas, mas uma pessoa que pesquisa e produz conhecimento, gerando melhorias práticas no dia-a-dia da sua empresa.

2. Tornar-se referência: todo mundo, naturalmente, respeita alguém que escreveu um livro sobre determinado assunto. Chiavenato seria somente o Idalberto, caso não tivesse escrito e publicado todos os livros que tem, sobre Administração. Lispector seria apenas Clarice. E as vantagens de ser referência em alguma coisa são bastante óbvias: melhor aceitação de sua argumentação, oportunidades de emprego e consultoria na sua área de conhecimento, convites para palestras, oficinas e simpósios, etc., entrevistas para jornais, rádio, revistas, além de uma rentabilidade sobre estas tarefas.

3. Registrar sua obra: este é um dos aspectos mais inspiradores e belos. Escrever e publicar um livro é expor seus pensamentos e sentimentos em relação a algo, é poder usar as palavras para expressar o que está dentro de você e parte do que você é, registrar (para a eternidade, talvez) o seu momento atual, sua visão de mundo e de futuro. É fazer hoje algo que seus filhos, netos, bisnetos e todos os seus descendentes poderão revisitar, no futuro, para conhecer e lembrar de você e o que você fez. Independentemente se for um livro mais técnico ou de histórias, aquilo que você é fica registrado ali e será seu legado para as gerações futuras.

Bem, como falei antes, depois de escrever seu livro é necessário publicá-lo, o que é um trâmite mais técnico e nem todas as pessoas sabem como fazê-lo, motivo pelo qual muitas até desistem de seus projetos. Este registro gera o famoso ISBN, o que é absolutamente necessário para você ser considerado o autor da obra.


Embora seja muito difícil entrar para o catálogo das grandes editoras, hoje em dia o mercado, graças a Deus, está bem mais democratizado e há muitas editoras bem bacanas que estão abertas a receber novos autores, das quais indico a Editora Mondéz (www.editoramondez.com.br), pois eles tratam cada obra de forma individualizada e fazem uma espécie de plano de negócios para que o projeto seja bem sucedido.

Se você tem um livro escrito e não publicado, se está escrevendo um e procurando editora para publicá-lo ou mesmo irá começar a escrever um e precisa de mais informações, entre em contato com eles, são muito atenciosos e vão te ajudar em tudo.

Samuel Bonette

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quarta-feira, 22 de março de 2017

05 coisas que você precisa saber sobre Departamento Pessoal

DP, RH, Curiosidades - www.samuelbonette.blogspot.com.brOlá pessoal! Hoje quero falar sobre algo bem mais técnico do que normalmente falo, mas muito importante no seu dia a dia. E é sobre uma área apaixonante, mas que também pode causar muito furor nas pessoas: o Departamento Pessoal.

Algumas pessoas dizem que esta área nem deveria estar dentro de Recursos Humanos e sim lotada em algum canto do departamento de Contabilidade. De fato, esta é o subsistema mais técnico de todos os subsistemas de RH e está muito ligado a subordinações jurídicas ou matemáticas, isto porque é regido, em grande parte, por leis que regulamentam as relações empresa x empregado e também realiza muitos cálculos, para correta elaboração de folha de pagamento, rescisão e até mesmo cálculos de benefícios concedidos.

Talvez você ainda não ocupe uma posição de liderança na sua empresa, ou até mesmo ocupe, mas vou fazer uma pergunta e preciso que você responda com toda a sinceridade:

– Você trabalharia feliz em uma empresa que paga seu salário/benefícios incorretamente, todos os meses?

Creio que sua resposta é não, em qualquer posição hierárquica em que estiver. Agora, se você é gestor, sabe que é impossível você manter sua equipe motivada e trabalhando em alto rendimento quando ocorre um tipo de situação como esta da pergunta acima. E pior: quando ocorre este tipo de situação em sua equipe, normalmente você é o “para-raios” da insatisfação, interferindo diretamente no seu resultado.
Então, para mitigar e/ou evitar situações como estas, há cinco coisas que você precisa saber sobre Departamento Pessoal:

1. Salário Família é pago a homens e mulheres que se adequam aos critérios estabelecidos pela Previdência Social, indistintamente, e é obrigatório. Já o Auxílio-Creche é pago de acordo com determinadas condições prévias e somente para mulheres, salvo liberalidade da empresa ou acordo coletivo da categoria;

2. Carnaval não é feriado. Feriados são definidos por leis federais, estaduais ou municipais e, no Brasil, a maioria das cidades e estados não institui o Carnaval como feriado. No estado do Rio de Janeiro, a terça-feira de Carnaval foi instituída como feriado, através de lei estadual, mas não necessariamente isto se aplica aos demais estados da federação.

3. Vale-Transporte não está previsto na CLT. Enquanto que a CLT foi instituída na década de 40, o famoso VT foi instituído por lei federal em 1985, somente, e sofreu sua última modificação em 2006, por medida provisória.

4. Sábado é dia útil, embora a grande maioria das pessoas não trabalhem aos sábados, o que se dá somente por conta da compensação destas horas durante a semana. Desta forma, para contagem de dias para pagamento de salário ou férias (etc.), o sábado é considerado dia útil.

5. A sua rescisão pode gerar saldo zero, de valores a receber. E isto é muito mais comum do que se pode imaginar, ocorrendo, em grande parte, por conta do aviso prévio que a empresa pode descontar, vide previsão em legislação, ou mesmo por conta de benefícios pagos antecipadamente (VT, VR).

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

A empresa com o pior RH do mundo

RH, Gestão, Administração, confusão, solução - www.samuelbonette.blogspot.com.br
“Trabalho na empresa com o pior RH do mundo. Trabalho lá há três anos e nunca recebi certo. Nós enviamos coisas simples como “pagar 40 horas extras para Fulano de Tal”, mas eles simplesmente não conseguem, nunca vem certo. Há um tempo atrás esqueci de bater o ponto na volta do almoço e adivinha: me descontaram três horas no contracheque. Aí, para receber, só no outro mês. O cara do RH fez isto porque tinha muitas pessoas que saíam durante o expediente para ir pagar conta, aí ele tomou a atitude de descontar. A confusão é tanta que ao invés de ficar bravo com o cara eu agora oro por ele.”

Ouvi este relato há alguns dias. Com tristeza, mas não com surpresa. Se você falar com as pessoas, talvez elas perguntem quem é o colega que relatou isto a você, isto porque muitas vão se identificar totalmente com o relato, especialmente na parte que fala sobre o pior RH do mundo estar na sua empresa. Quando trata-se de R&S e seus retornos sobre processos seletivos então, a reclamação é generalizada, visto que os retornos negativos são quase como enterro de anão, ou seja, "ninguém nunca viu".

Por um lado, existe uma visão fantasiosa e exagerada sobre o RH, ou seja, que este resolverá todos os problemas, que proverá promoções, aumento de salário, de produtividade, eliminará problemas de relacionamento e fará pessoas comuns tornarem-se profissionais espetaculares. Fomenta também uma visão de RH como "dono da empresa", tornando obrigatório que tudo passe pelo RH: este tem que saber tudo o que está acontecendo, avaliar, dar opinião, controlar, chancelar e carregar a empresa rumo ao topo. Isto acaba por sobrecarregar a área e torná-la ineficiente. Este tipo de visão inclusive atrai muitas pessoas a querer trabalhar no RH, porque em suas mentes elas conseguirão fazer isto, e "muuuuito melhor do que quem já está lá fazendo tudo errado".

Do outro lado, existe uma área como qualquer outra, com pessoas iguais as outras, sujeitas a erros como todas as outras, com rotinas, metas e obrigações específicas da área. É bem verdade que não são muito afeitos a tecnologia e por vezes parecem preocupados apenas com seu próprio umbigo, resolvendo seus problemas e atendendo a seus objetivos sem ao menos olhar para o lado e tentar entender o negócio da empresa ou o que está acontecendo nos outros setores da mesma. Parece que até mesmo alguns gestores de RH ainda não aprenderam o mais elementar: empresas são criadas para obter lucro! Se o RH não colaborar para isto de maneira clara, palpável e tangível, jamais será uma área estratégica, como se pretende.

Mas tem solução! Veja estas 3 dicas simples:

1. RH não é fonte de um cenário perfeito: Não espere o RH fornecer um cenário de perfeição. Em seu escopo mais elementar, RH seleciona e contrata/promove pessoas (R&S), capacita-as (T&D) e cuida de aspectos legais da relação trabalhista (DP) como pagamentos, férias, benefícios, etc. Se fizer isto com excelência já estará fazendo um grande bem à organização e estará ajudando a conduzi-la ao "seu lugar ao sol".

2. RH não deve fazer gestão de nada que não seja ele próprio: a tarefa de RH é, dentro do escopo das atividades de T&D, capacitar os gestores de cada área a fazerem bem a gestão de sua equipe, tanto de pessoas quanto de metas e objetivos, nada além disto. As áreas devem ter seus objetivos bem claros e correr atrás deles, sem ter o subterfúgio de usar o RH como desculpa para o seu não atingimento; isto ocorrerá quando o RH estiver cumprindo o seu escopo elementar com excelência.

3. Em terceiro e último lugar: com a tecnologia aliada a qualificação, o RH poderia trabalhar menos e fazer muito mais, de forma inteligente. Sabemos que a tecnologia é fator preponderante para alto desempenho nos dias atuais, e, aliada a expertise da qualificação em relações humanas e a consciência de que o papel estratégico do RH é empoderar as empresas para atingir seu objetivo (lucro) através das pessoas, faria uma combinação poderosa para colocar o RH onde ele quer: RH Estratégico.


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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Roteiro da Tragédia Anunciada



tragédia anunciada bebida direção sofrimento - www.samuelbonette.blogspot.com.br


Você descobre/percebe algo errado.

Você denuncia.

As pessoas caçoam, te desqualificam, se colocam contra você e te chamam de muitas coisas que você não é.

Tudo o que você denunciou acontece/vem à tona.

As pessoas escondem o rosto de você ou utilizam de subterfúgios.

Você tem muita vontade de dizer: EU AVISEI / EU ESTAVA CERTO O TEMPO TODO!

Mas não, VOCÊ NÃO ESTÁ FELIZ, porque o que você mais queria era que tivessem te ouvido e corrigido as coisas antes que tanta gente sofresse.

Antes que me perguntem: é só uma reflexão.


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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Pedintes da Sin City

Esmola pedinte senhor ajuda - www.samuelbonette.blogspot.com.br
Já fui abordado milhares de vezes por pessoas na rua me pedindo “uma moedinha para comprar comida para o bebê que precisa de leite” ou para “comprar passagem para voltar para a cidade natal” e até mesmo “para tratamento médico ou remédios que não pode comprar”. Isto já deve ter acontecido com você tantas vezes quanto comigo (ou até mais) e é sempre uma situação um tanto constrangedora, não é mesmo?

Ontem aconteceu de novo: saí do trabalho às 19h e precisava chegar em outro lugar dentro de meia hora; para ganhar tempo, fui a pé até uma parada onde pegaria o ônibus necessário; no meio do caminho, uma senhora de cabelos grisalhos vinha em sentido contrário, vestia saia florida quase até os pés e blusa preta e, quando chegou ao meu lado imediatamente mudou sua direção, passando a me acompanhar, enquanto falava “moço, preciso de uma ajuda, eu fui assaltada e não tenho dinheiro nem da passagem para voltar para Eldorado”.

Ao mesmo tempo, ainda sem entender direito a situação (inicialmente nem entendi que ela estava falando comigo), levantei os olhos e vi um mendigo na calçada fazendo menção de levantar de onde estava e mais outro catador de lixo se movimentando em minha direção. Tudo isto durou menos de 7 segundos, mas foi o suficiente para imaginar que a próxima vítima de assalto da Sin City dos pampas (vulgo Porto Alegre) seria eu.

Sinceramente, não acredito em ninguém que venha com este discurso. A senhora tinha uma aparência “confiável”, a história dela era perfeitamente possível, mas algo não “fechava”, sabe? Talvez fosse o local que estava, a roupa que estava vestindo, não sei dizer. Não fui assaltado. Também não dei dinheiro, e sabe qual meu maior temor? Era que aquela pessoa realmente precisasse.

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O dilema de Manuel

Manuel Mané Tomé - www.samuelbonette.blogspot.com.br

Pobre Manuel.
Nascido em São José dos Ausentes
Do nome ao apelido foi um passo
Manuel - Manué - Mané
Nunca acreditou em algo que seus olhos não pudessem ver 
ou suas mãos pudessem tocar
São tolos esperando milagres, mas eu vivo a realidade 
- desdenhava ele
Um dia descobriu-se entre a vida e a morte
Descobriu também que os milagres existem
Mas não estavam disponíveis para ele, 
Não se permitia ver além da realidade do que podia tocar
Pobre Manuel
E assim encontrou-se com a mais dura das certezas
veio a óbito